O presidente da Alumni Medicina – Associação de Antigos Estudantes de Medicina da Universidade do Minho considera que «os problemas do sistema de saúde estão bem mais dependentes da gestão de recursos do que da escassez de médicos».
Pedro Morgado salienta que a «Organização Mundial de Saúde fala em uma escola para cada dois milhões de habitantes, o que significa que deviam existir cinco escolas médicas em Portugal. O país tem nove e há notícias de que mais estarão para abrir». No entanto, o clínico admite que «para quem está à espera de uma consulta é muito difícil compreender estes números».
O médico recorda o que sucede com os enfermeiros: «apesar de haver carências nos hospitais, sistematicamente denunciadas pela Ordem dos Enfermeiros e pelos Sindicatos, há milhares de enfermeiros no desemprego».
Em seu entender, «tem de haver um equilíbrio entre as necessidades do país em termos de médicos e a qualidade da formação».
Esta posição é partilhada pelo vice-presidente do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho João Firmino. Na esteira da Associação Nacional de Estudantes de Medicina, este dirigente argumenta que «a alteração dos “numerus clausus” pode comprometer gravemente a qualidade da formação», pelo que a decisão de aumentar o número de vagas «só deve ser tomada depois de bem ponderada».
[Publicado no Diário do Minho, a 8 de Outubro de 2008]
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