sábado, 12 de julho de 2008

Experiência garante produtos de qualidade superior

A Confiança aposta em métodos de trabalho que asseguram produtos de qualidade
superior. Um quadro de pessoal experiente, habituado a fazer um trabalho de excelência, é uma das mais-valias da fábrica. «A qualidade dos nossos produtos é claramente superior à de outros idênticos e do que se vende num supermercado. Mesmo os nossos produtos que são vendidos em supermercado têm qualidade superior», afirma a responsável comercial e de marketing.

Cristina Maia considera que «a experiência e a tradição» de quem trabalha na empresa há muitos anos são os pontos fortes da Confiança, entre os quais se encontra também a «parte mais jovem» da firma e a «vontade de trabalhar». «As pessoas têm orgulho em fazer um sabonete Confiança. Tratam a Confiança como tratam a sua casa, até porque muitos já aqui trabalham há mais de 30 anos. Têm plena consciência da importância daquilo que fazem. E isso é um orgulho para quem está na parte de gestão», assegura.

Ainda em relação aos recursos humanos, esta engenheira defende que «são pessoas muito elásticas e muito habituadas a trabalhar e a trabalhar bem», por isso «quando se lhes pede para trabalharem bem, não é nada de complicado porque têm orgulho em fazer bem feito aquilo que fazem». «São pessoas que já mudaram tantas vezes e tanto que estão habituadas à mudança. E quando as mudanças são bem explicadas e todos percebem a razão de ser das coisas não há qualquer obstáculo», acrescenta.

Uma parte importante dos métodos de trabalho manteve-se inalterada ao longo dos anos. «Há coisas que é estratégico que se conservem iguais. Faz parte do segredo do negócio e da maneira de estar no mercado», afirma Cristina Maia.

Fábricas produz vários artigos

Uma grande parte do espaço do pavilhão é dedicada à produção de sabonetes. A massa de sabão, que outrora era feita na Confiança, é adquirida na Malásia. São pequenos grãos que servirão de base para todos os sabonetes. A este produto serão juntados os aditivos e os óleos essenciais, que diferenciarão os sabonetes.

Este granulo vai para dentro de uma máquina para ser moído e laminado cinco vezes, antes de ser extrudida duas vezes. No caso dos sabonetes topo de gama, a massa sai do compressor e vai para moldes individuais, que darão a forma e as inscrições específicas a cada produto.

Nos artigos destinados a “mass market”, a pasta sai do compressor num fluxo ininterrupto, em forma de barra, sendo outra máquina que corta os sabonetes à medida pré-determinada. Os sabonetes, já com a forma final, passam por um controlo de qualidade. Funcionárias, de luvas, inspeccionam os sabonetes e rejeitam os que têm imperfeições, que voltam à fase inicial de triturar a massa. Segue-se, depois, a embalagem.

Numa sala ao lado, põem-se as águas de colónia em frascos, onde depois são colocados os rótulos. A Confiança tem um projecto para uma água de colónia topo de gama, depois de ter experimentado uma parceria com os Parques de Sinta, que vai ser repetida. Para além disso, está na forja a aposta em produtos como champôs, sabonetes e géis de banho para hotéis de luxo, bem como sabonetes líquidos para a gama alta.

Noutro espaço é feita a embalagem do pó de talco. A fábrica compra este minério, perfuma-o e embala-o. A imagem deste produto vai mudar a breve prazo.
Uma sala de dimensões consideráveis é dedicada ao fabrico do sabão – aqui a unidade também faz a parte da saponificação –, das glicerinas e das ceras.
Num espaço climatizado, com filtragem da água e do ar, é feito o creme de barbear, seguindo exactamente os mesmos procedimentos que em 1920. Este é um produto vendido em grandes superfícies, mas que começa a ser valorizado em mercados como os EUA e a Inglaterra.

A qualidade dos produtos é testada num laboratório, embora algum do trabalho seja feito por entidades externas. É neste espaço que também são feitos testes para novos produtos.

Quem pensa numa fábrica de cosméticos provavelmente não imaginará que lá dentro existe uma tipografia. Mas existe e a funcionar. «Desde o início que a embalagem era muito cuidada, por isso a preocupação de ter uma tipografia», explica Cristina Maia, referindo que, na actualidade, este serviço permite dar resposta a solicitações de pequenas séries, como por exemplo encomendas para casamentos.

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